sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aplicamos nosso jogo aos alunos do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Boulanger Pucci, em Uberaba, nos divertimos muito e acreditamos que os alunos também, todos foram receptivos e jogaram com muita animação, no final falaram que jogar é uma forma mais fácil e, claro, divertida de aprender.
Mas ainda há algumas coisas para serem aperfeiçoadas, pois os alunos reclamaram um pouquinho da linguangem das perguntas; e se fosse ministrada uma aula sobre evolução e zoologia antes da aplicação do jogo eles com certeza acertariam mais questões.
Fora isso, foi um sucesso!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais um semestre chegando ao fim... e junto com ele EDP IV

Esse semestre foi de grande aprendizado, discutimos textos sobre a importância da sistemática no ensino de zoologia, além da forma “correta” de ministrar aulas.
Fizemos um jogo de tabuleiro com o intuito de aprender como uma aula pode ter conteúdo e ao mesmo tempo ser divertida,
Montamos, no início do semestre, um Plano de Aula sobre OFÍDIOS, esse trabalho foi muito importante, pudemos aprender o que é um plano de aula, o que deve conter e qual o formato que nos identificamos, e o mais importante é que não foi um trabalho perdido, pois agora vamos simplesmente utilizá-lo para ministrar uma aula como última atividade de EDP IV. Isso nos mostra que nada foi em vão, e sim um período de aprendizado para todos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Qual a importância da didática em minha formação???

Como, ou a partir do quê, a didática contribui em minha prática educativa? Ao se tratar da aprendizagem na escola verifica-se que, numa concepção de educação em que a transmissão de conhecimentos é o único objetivo e a manutenção da realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor é simplesmente aquele que detém o conhecimento e, portanto, o transmite para os estudantes. A capacidade de ver o outro, de captar a aprendizagem já existente no estudante, tende a não ser considerada pelo professor.
De outro lado, numa educação que busca a transformação da realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o professor é mais do que o mero "ensinante" e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo.Nessa percepção, como Paulo Freire(1996) tão bem descreveu, o processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla, de um lado, o professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é, permeado de contradições e de mediações. Assim, os professores se utilizam de vários saberes para a construção de sua prática, os saberes provindos das experiências, da prática, não são saberes iguais aos outros, mas sim, formados de todos os outros, pois é em prol da própria prática que os demais saberes são articulados.
Concluindo, a mudança no ensino depende de nossa formação e da transformação das nossas práticas em sala de aula. Esta transformação se dá em várias "esferas": acadêmica, governamental, prática pedagógica e política.
Cabem a nós, professores, um trabalho reflexivo e uma reconstrução permanente de nossas identidades pessoais e profissionais, pessoal porque só é possível mudar o meio, as nossas práticas, quando aprendemos a mudar nós mesmos, o nosso jeito de olhar e viver as coisas do dia-a-dia, é a mudança pessoal, a mudança de atitude que leva à transformação profissional, "A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade"( LIBÂNEO,José Carlos, 1994, p.17)

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/6867/1/Qual-A-Importancia-Da-Didatica-Na-Minha-Formacao/pagina1.html#ixzz16joNfEQJ

Jogo montado em EDP IV


Durante esse semestre montamos um jogo de tabuleiro onde os jogadores devem rodar o dado e andar com as pecinhas o número indicado por este, se cair na casa “Sua vez!” é necessário que pelo menos tente responder a uma pergunta baseada em EVOLUÇÃO; cada jogador deve sair de um ramo do tabuleiro em direção ao centro, ganha quem chegar lá primeiro. É importante destacar que tentamos fazer um jogo auto-explicativo, por isso colocamos, por todo tabuleiro, tabelas com informações que podem ajudar a responder às questões. Além disso, devemos ressaltar que o jogo está dividido por Eras sendo cada cor das casinhas a representação de uma Era.


Mas, a pergunta que nos vem é: o que adianta fazer um jogo se não podemos ter certeza que as pessoas realmente vão aprender e se divertir ao jogar? Foi por isso que trocamos os tabuleiros em sala e cada grupo se divertiu com o jogo de outro grupo. O resultado foi muito interessante, pois adoramos jogar, além de ter nos dado a chance de saber quais são as falhas do nosso jogo, por exemplo, não fizemos instruções impressas o que se tornou um problema, pois estávamos jogando, mas tínhamos que parar para ensinar ao outro grupo como jogar.


Fora isso deu tudo certo, aprendemos que às vezes com pequenas coisas podemos fazer a diferença na sala de aula. Agora é esperar, para que depois de formados possamos realmente aplicar o jogo aos nossos alunos de ensino fundamental e médio acabando assim com qualquer dúvida sobre a funcionalidade do jogo.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Didática

Didática Geral é uma ciência teórico-prática que pesquisa, experimenta e sugere formas de comportamento a serem adotadas no processo da instrução, com vistas à eficiência e eficácia da ação educativa.A Didática é a ferramenta cotidiana do professor e, como tal, está em contínua evolução, razão porque os conteúdos deste curso destinam-se não só a reforçar os conceitos fundamentais dessa disciplina mas, sobretudo, aperfeiçoar e atualizar o professor pelo conhecimento de novas técnicas que possam vir a ser utilizadas em sala de aulaDidática tem origem no idioma grego; provém de didaktiké significando a arte (maneira) de ensinar ou instruir. É uma ciência teórico-prática, que pesquisa e experimenta novas técnicas de ensino e sugere formas de comportamento a serem adotadas no processo da instrução. Correlaciona-se a outras, em especial à Psicologia, Sociologia, Filosofia e Biologia. Como toda ciência, a Didática é aberta às novas descobertas que enriquecem o saber humano. Assim, a Didática contemporânea faz ver ao educador certos conceitos novos ou novas abordagens desses conceitos, por isso é sempre importante para o educador estar se reciclando, enriquecendo-se.A instrução é um conjunto de eventos planejados pelo professor com o fim de iniciar, ativar e manter a aprendizagem.A aprendizagem consiste em uma mudança no comportamento do aluno em face do processo da instrução e é o resultado desse processo que, para ser eficiente, precisa ser planejado.O planejamento da instrução é um processo de tomada de decisões que visam à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem. Este planejamento envolve, pelo menos, três fases: elaboração, execução e avaliação.A fase de elaboração compreende quatro etapas: formulação dos objetivos, seleção dos conteúdos, seleção das estratégias e seleção das formas de avaliação da aprendizagem.Na fase de execução, aplicam-se as estratégias instrucionais na situação de ensino-aprendizagem e, na fase de avaliação, verifica-se o atingimento ou o não-atingimento dos objetivos, de sorte a reelaborar o planejamento, caso isto seja necessário.O planejamento da instrução é tarefa obrigatória do professor, que oferece maior segurança para o atingimento dos objetivos e verificação da qualidade e quantidade do ensino que está sendo orientado.Aluno é o componente básico do processo de instrução, pois é ele quem aprende. Ao professor cabe a função de planejar o ensino, propiciando condições para que a aprendizagem se realize.A aprendizagem é o resultado do processo da instrução e consiste em uma mudança no comportamento do aluno em face do processo de instrução.Instrução, por sua vez, é um conjunto de eventos planejados para iniciar, ativar e manter a aprendizagem.
Nelson Valente

O que é ZOOLOGIA?

"Nossas classificações virão a ser, até onde assim puderem ser realizadas, genealogias."
Charles Darwin

A zoologia é uma área científica multidisciplinar. De um modo geral, pode ser definida como a ciência que estuda os representantes do reino animal em todos os seus aspectos. O homem sempre viveu junto aos animais, sempre se interessou e buscou compreendê-los. O fascínio dos homens pelos animais atravessa a história, remontando um passado remoto onde pinturas destes, muitos hoje extintos, eram feitas no interior de cavernas. Diversos povos de importância histórica como os egípcios e celtas possuíam tamanho deslumbramento pelos animais que estes eram representados em seus deuses, reverenciados e profundamente admirados.
Apesar desse interesse, foi com o trabalho do grego Aristóteles, “História dos animais”, que a zoologia passou a ser de fato ciência. Ele reuniu todos os fatos zoológicos conhecidos até então, e lançou um sistema de classificação para todos os animais. Algumas obras importantes sucederam a publicação de Aristóteles, destacando-se Carl Linnaeus que criou o sistema nominal adotando dois nomes em latim (gênero e espécie) que é usado até os dias de hoje. Entretanto, o grande marco revolucionário na zoologia aconteceu com o desenvolvimento da Teoria da Evolução das Espécies, proposta por Charles Darwin, mudando a atitude expoente do método científico utilizado na classificação dos animais. A partir de 1950, com a proposição da Sistemática Filogenética por Willi Henning, a classificação passou então a uma teoria consistente de investigação e representação das relações de parentesco entre as espécies.

Pode-se dizer que a zoologia tem como objetivos principais descrever e explicar a diversidade faunística, identificar, avaliar e estudar os ajustes adaptativos das espécies ao meio, ou ecossistemas específicos, além de ocupar-se da história natural dos animais, sua evolução e filogenia. Diversos ramos da ciência são utilizados como base e sustentáculo para os estudos zoológicos:

Anatomia e Morfologia: consistem basicamente na observação e descrição das estruturas presentes no corpo dos animais, e estudo das organizações estruturais dos organismos. Não se ocupam apenas em descrever mas também propõem comparações entre organizações estruturais.
Classificação biológica: esse termo possui dois significados, é o processo de classificação, que consiste em delimitar, ordenar e posicionar os organismos em grupos, e o segundo, o produto desse processo em si -- o esquema classificatório produzido. Dentro do escopo da classificação biológica temos a sistemática, a taxonomia e a filogenia.
Sistemática, Taxonomia e Filogenia: a sistemática pode ser definida, segundo Simpson, 1961, como o estudo dos tipos e da diversidade da vida na Terra. É um campo de estudo contínuo que vai desde a rotineira atividade de nomear e descrever espécies, passando pela extensa compilação de compêndios faunísticos, até os mais sofisticados estudos dessas espécies em classificações que descrevem suas relações de parentesco, analises biogeográficas, biologia de populações e genética, estudos evolucionários e de especiação. Os estágios desse estudo podem ser divididos em três níveis de complexidade, ao nível alfa estaria a taxonomia, envolvendo descrições de espécies e atribuições de nomes, é profundamente necessária quando um grupo de animais é recém descoberto e/ou está pobremente conhecido. Ao nível beta e gama estariam a sistemática e filogenia que trabalham com os estudos evolucionários. Entretanto, em estudos sistemáticos, tais estágios estão freqüentemente sobrepostos.
Biogeografia: é uma ciência histórica, estuda os padrões de distribuição geográfica dos seres vivos, cruzando a história da Terra ao longo do tempo com a história morfológica dos seres vivos, isso significa entender como as modificações morfológicas, e suas causas, refletem-se geograficamente. A biogeografia animal é a zoogeografia.
Ecologia: estuda as condições de existência dos seres vivos e as interações, de qualquer natureza, existentes entre esses e o seu meio. Estão divididos em estudo das relações de uma espécie com o seu meio; variações da abundância das espécies e suas causas; e a análise das relações entre os indivíduos de diversas espécies de um grupo e o seu meio.
Evolução: a evolução biológica consiste na mudança das características hereditárias de grupos de organismos ao longo das gerações.

Conhecer e compreender os mecanismos que governam a vida animal é de suma importância, pois o homem também está sob regência dos mesmos mecanismos. Todos os problemas que a humanidade vem enfrentando ao longo da transição do séc XX para o XXI são biológicos, e estão intimamente relacionados com a zoologia, esses problemas não poderão ser solucionados sem que conheçamos adequadamente a vida animal neste planeta.

Por Ana Lúcia M. Tourinho

terça-feira, 9 de novembro de 2010

1/5 dos vertebrados corre risco de extinção

A má notícia é que um número crescente de aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos tem se aproximado da extinção. A boa notícia é que o número poderia ser pior, não fossem as medidas de conservação colocadas em prática em todo o mundo nas últimas décadas.
Nesta terça-feira (26/10), em Nagoia, no Japão, durante a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), foi divulgado o resultado de um grande estudo que procurou avaliar o estado atual dos vertebrados no planeta.
O trabalho foi feito por 174 cientistas de diversos países, entre os quais o Brasil. Os resultados foram publicados na edição on-line da Science e sairão em breve na edição impressa da revista.
Foram analisados dados de vertebrados, incluindo as mais de 25 mil espécies presentes na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O problema é tão grande que o grupo afirma se tratar da sexta extinção em massa na história do mundo.
O estudo mostra que um quinto dessas espécies pode ser classificado como “ameaçado” e que o número tem aumentado. Em média, 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se movem de categoria a cada ano, aproximando-se da extinção.
Do total de vertebrados existentes, 20% estão sob alguma forma de ameaça, incluindo 25% de todos os mamíferos, 13% das aves, 22% dos répteis, 41% dos anfíbios, 33% dos peixes cartilaginosos e 15% dos peixes com osso.
Nas regiões tropicais, especialmente no Sudeste Asiático, estão as maiores concentrações de animais ameaçados e, segundo o levantamento, a situação é particularmente séria para os anfíbios. A maior parte dos declínios é reversível, destacam, mas se nada for feito a extinção pode se tornar inevitável.
Os declínios poderiam ter sido 18% piores se não fossem as medidas de conservação da biodiversidade postas em prática. Esforços para lidar com espécies invasoras se mostraram mais eficientes do que as direcionadas a fatores como perdas de habitat ou caça, aponta o trabalho.
Os autores destacam a importância e a urgência das políticas públicas para conservação da biodiversidade. Segundo eles, decisões tomadas hoje poderão representar, daqui a 20 anos, uma diferença na área preservada das florestas atuais no mundo de cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados – algo maior do que o tamanho do Brasil.
O artigo The Impact of Conservation on the Status of the World’s Vertebrates (doi:10.1126/science.1194442), de Michael Hoffmann e colegas, pode ser lido por assinantes da Science emhttp://www.sciencexpress.org

sábado, 16 de outubro de 2010

Motor da evolução

Agência FAPESP – O trabalho do cientista australiano John Mattick tem contribuído para derrubar paradigmas tradicionais da genética. Segundo o professor da Universidade de Queensland, em Brisbane, a programação genética dos organismos multicelulares foi essencialmente mal compreendida durante os últimos 50 anos.
O equívoco, conta, residia no pressuposto de que a maior parte da informação era codificada em proteínas por meio do RNA, cujo papel seria reduzido à transcrição desses dados.
As pesquisas coordenadas por Mattick, no entanto, ligaram o RNA não-codificador de proteínas à evolução de organismos complexos, à diversidade biológica e à cognição, contribuindo para o desenvolvimento do campo da epigenética – o estudo da parcela de 99% do genoma que não codifica proteínas.
O cientista, que já publicou mais de 180 artigos, esteve no Brasil durante o 56º Congresso Brasileiro de Genética, no Guarujá (SP), onde apresentou, no dia 17 de setembro, a conferência “O papel central do RNA regulatório na evolução e no desenvolvimento humano”.
Em entrevista concedida à Agência FAPESP, Mattick destacou que o RNA não-codificador de proteínas – até há pouco tempo conhecido como “DNA lixo” – tem um papel regulatório tão importante que pode ser comparado a um software que controla todo o sistema dos organismos complexos.
Agência FAPESP – O senhor afirma que passamos, nos últimos anos, por uma grande mudança de paradigma, que está transformando completamente a forma como entendemos a genética desde a descoberta da estrutura do DNA. O que mudou na genética?
John Mattick – O que realmente mudou tudo, na minha opinião, foram duas descobertas. A primeira é a surpreendente observação de que o número de genes não é muito diferente entre animais muito simples – um verme do solo, como o Caenorhabditis elegans, por exemplo – e humanos. Todos temos aproximadamente o mesmo número de genes convencionais codificadores de proteínas. E a maior parte desses genes é muito semelhante, tem funções parecidas e codifica o mesmo tipo de proteínas.
Agência FAPESP – Por que essa descoberta foi tão intrigante?
Mattick – Foi uma descoberta chocante, porque, antes dela, o dogma central da biologia molecular dizia que os genes estavam no DNA, eram expressos por algum tempo no código temporário do RNA e, então, eram traduzidos em proteínas, que executavam as tarefas no sistema. Assim, esperava-se que os humanos tivessem muito mais genes e muito mais proteínas do que um verme, por exemplo. Mas isso não ocorre. Temos uma variação maior de proteínas, mas, essencialmente, o mesmo número e o mesmo tipo de genes que esses animais muito simples. No entanto, há uma enorme diferença de complexidade entre um verme – que tem menos de 1 milímetro de comprimento e alguns milhares de células – e um humano, com mais de 100 trilhões de células. Trata-se de um plano celular muito mais complexo, principalmente ao se levar em conta o funcionamento do cérebro. Mas temos o mesmo número de genes, o que indica fortemente que deve haver outro tipo de informação capaz de resultar na construção de algo tão mais complexo.
Agência FAPESP – E qual foi a segunda descoberta?
Mattick – Foi uma segunda surpresa, coerente com a primeira: a maior parte dos genes presentes no genoma humano não codifica proteína alguma. Parecia ser puro entulho genético – foi chamado de “DNA lixo”. Mas o que é necessário para fazer um organismo mais complexo, como o humano, está sendo transmitido pelo RNA, não pela proteína. Antes disso, todo mundo pensava que o RNA era só um intermediário temporário entre o gene e a proteína.
Agência FAPESP – Esse era o dogma central?
Mattick – Sim, o DNA é transcrito pelo RNA e copiado na proteína. Esse é o dogma e ele está certo: o DNA faz RNA e alguns RNAs fazem proteína. Esse é o fluxo de informação. O erro é que se pensava que a maior parte da informação do RNA fluía pela proteína. Mas parece que, nos humanos, apenas uma quantidade muito pequena das informações vai para a proteína. A maior parte vai ao RNA. E, agora, estamos conseguindo evidências de que esse RNA está envolvido em regulações muito mais sofisticadas do sistema. Então, para entender como os humanos são programados, temos que pensar não apenas em termos de proteínas, que são componentes mecânicos do sistema. Por trás, há uma arquitetura altamente sofisticada que permite decidir quais componentes devem ser expressos e as mais diversas funções.
Agência FAPESP – O senhor compara os sistemas regulatórios do RNA a um sistema computacional avançado.
Mattick – Sim. Podemos fazer uma analogia com um sistema sofisticado que é o Boeing 777. Seus componentes mecânicos já eram conhecidos há 50 anos: motores, jatos, aerofólios, bombas hidráulicas e assim por diante. Mas há um mundo de diferenças entre um avião feito em 2010 e outro de 1960, quando os computadores ainda não eram populares e não se usavam fibras ópticas. Os objetos mais sofisticados na nossa sociedade se tornam cada vez mais ricos em informação. E essa informação que está codificada em computadores é transmitida por fibras e fios, que não são precisamente componentes mecânicos, mas sim aparatos de transmissão. Portanto, ir de um objeto simples para outro mais complexo não é apenas uma questão de fazer novos componentes, mas de expandir os sistemas de controle e a arquitetura, no caso dos aviões, para que os componentes funcionem de modos cada vez mais sofisticados.
Agência FAPESP – Estamos começando a vislumbrar que há algo a mais do que os componentes que são observados?
Mattick – Sim. Se você mostrasse uma aeronave moderna a um engenheiro aeronáutico de 1960, ele seria capaz de entender como ela voa, mas não poderia entender como funciona. Ele precisaria ver sobre o solo, separado do avião, as centenas de quilômetros de fibras ópticas que ele usa, para ter uma ideia. Porque, em 1960, a transmissão digital de informação em alta velocidade não era uma realidade. Então, é como se a biologia ou a evolução tivessem descoberto o caminho dos sistemas digitais de controle de comunicação 1 bilhão de anos antes do esperado. Estamos só começando a perceber isso.
Agência FAPESP – O senhor mencionou em sua palestra no Congresso Brasileiro de Genética que o papel de regulação do RNA é particularmente importante no cérebro. Por quê?
Mattick – As enzimas que fazem a edição de RNA – processo que modifica a sequência de nucleotídeos do RNA mensageiro em relação à sequência de DNA que o codifica – expandiram-se muito durante a evolução dos vertebrados, em especial dos mamíferos e primatas. A edição de RNA ocorre em praticamente todos os tecidos, mas é particularmente ativa no cérebro – e é aproximadamente 30 vezes mais intensa no cérebro humano do que no do rato. Talvez a edição de RNA seja a conexão entre o genoma e o ambiente e sua expansão foi criticamente importante para a evolução da plasticidade e dos mecanismos de aprendizagem e memória. A regulação do RNA parece ser central não apenas para o desenvolvimento, mas também para a capacidade de alterar plasticamente a informação genética codificada.
Agência FAPESP – Quando começaram as descobertas que possibilitaram essa quebra de paradigmas?
Mattick – Comecei a publicar sobre isso em 1994, mas foi há cerca de dez anos que essa informação realmente começou a circular. Em parte, devido à descoberta dos micro-RNAs regulatórios, mas principalmente graças ao Projeto Genoma Humano. Porque todo mundo esperava que o homem tivesse mais genes do que um verme. E não foi o caso. Então, começamos a descobrir que o RNA tinha muito mais importância do que se supunha. Essa revolução vem ocorrendo nos últimos dez anos, mas a maior parte das pessoas envolvidas com a biologia molecular ainda está considerando essa releitura. É algo ainda revolucionário, mas que está sendo cada vez mais aceito.
Agência FAPESP – Qual a consequência dessa mudança de rumo? O que muda na ciência?
Mattick – Acho que o que muda realmente é a ideia simplista de como a genética funciona. Ficamos muito mais sofisticados. É um pouco como ter mudado da física newtoniana para a física relativista – embora essa não seja uma analogia muito boa. Mas, de certo modo, é como se o mundo da programação genética ficasse muito mais sofisticado, complexo e diferente do que pensávamos. Ainda trabalhamos com moléculas, com DNA e com proteínas. Mas o RNA é o grande personagem hoje. Todo mundo pensava que ele era só um intermediário temporário entre o “disco rígido” e a proteína. Mas as pessoas vão começar a considerar que o RNA não é apenas um intermediário e entender que ele é o motor computacional da célula e do desenvolvimento. É também o motor computacional do cérebro. Assim, uma vez que entendermos esse princípio, poderemos começar a explorá-lo.
Agência FAPESP – Como estudar uma genética que assume tamanha complexidade?
Mattick – Algumas pessoas dizem que, com essas descobertas, a genética está ficando complicada demais. Acho que nunca vamos conseguir entender um sistema a menos que entendamos sua complexidade, pelo menos no plano conceitual. Assumindo a complexidade dos princípios, poderemos começar a fazer perguntas que vão mais adiante e trabalhar sobre o que está de fato ocorrendo. Então, é realmente mais complicado, mas o primeiro passo é entender que de fato é mais complicado. E o segundo passo é buscar um meio para explorar esse novo espaço.
Agência FAPESP – Isso tudo muda a maneira de fazer perguntas científicas?
Mattick – Não mudam as questões, mas muda a maneira como vamos procurar por respostas. As grandes questões continuam sendo como o desenvolvimento funciona e como o cérebro funciona. As perguntas ainda são as mesmas. Mas acho que agora temos uma plataforma muito mais bem formada para começar a responder essas perguntas. Há todo um mundo cuja existência nem suspeitávamos. Estamos só começando. Levaremos um longo tempo para sair desse ponto, mas o primeiro passo conceitual é muito importante e ele está sendo dado neste exato momento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dinossauro Corcunda

Agência FAPESP – Uma espécie até então desconhecida de um dinossauro carnívoro, com características morfológicas inusitadas, foi descoberta por um grupo de cientistas no sítio de Las Hoyas, próximo à cidade de Cuenca, na Espanha.
O fóssil descoberto representa um dos mais completos e bem preservados dos registros de dinossauros carnívoros já encontrados no continente europeu. A descrição da nova espécie está na edição desta quinta-feira (9/9) da revista Nature.
Francisco Ortega, da Faculdade de Ciências da Universidade Nacional de Educação a Distância, e colegas da Universidade Autônoma de Madri, afirmam que o esqueleto do Cretáceo Inferior (de cerca de 146 milhões de anos a 100 milhões de anos atrás) representa uma nova espécie e também um novo gênero de carcharodontossauros.
Os carcharodontossauros foram dinossauros bípedes cujo nome foi inspirado em outro grande predador: o tubarão branco (Carcharodon carcharias). Possuíam dentes serrilhados e eram capazes de morder com grande força.
Anteriormente se achava que esses répteis gigantes, que atingiam 14 metros de comprimento e oito toneladas, teriam vivido apenas no hemisfério Sul.
“Os carcharodontossauros foram os maiores dinossauros predadores e sua história evolutiva recente aparenta ser mais intrincada do que se pensava”, destacaram os autores.
O fóssil descoberto na Espanha é de um exemplar de porte médio, com seis metros de comprimeiro e uma estrutura parecida com uma corcunda em seu dorso, algo identificado pela primeira vez em dinossauros. Tinha também uma série de formações nos antebraços que possivelmente serviam de base para plumagem.
O artigo A bizarre, humped Carcharodontosauria (Theropoda) from the Lower Cretaceous of Spain (doi:10.1038/nature09181), de Francisco Ortega e outros, pode ser lido por assinantes da Nature emhttp://www.nature.com
Fonte: Agência FAPESP
Autor(a)/Créditos: http://www.agencia.fapesp.br/materia/12744/divulgacao-cientifica/dinossauro-corcunda.htm


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sonolência excessiva durante o dia é distúrbio que afeta 5% da população

Cochilar ao volante, perder o fio da meada durante uma conversa e repetir atos automáticos, sem consciência do que se está fazendo, podem ser sintomas de um distúrbio cada vez mais presente nos consultórios de neurologistas: a síndrome do sono insuficiente de origem comportamental, que atinge 5% da população.
O quadro, cujo principal sintoma é a sonolência excessiva durante o dia, tem a ver com o ritmo da vida moderna, aponta o neurologista Flávio Alóe, coordenador do Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP). E, mais do que uma situação normal, é um problema que pode e deve ser tratado.
Além de causar a perda da produtividade, a sonolência excessiva também coloca em risco a vida daqueles que dirigem, cuidam de crianças ou operam máquinas. O quadro foi um dos principais temas debatidos durante o 24.º Congresso Brasileiro de Neurologia, que aconteceu no Rio, no mês passado.
'As pessoas têm tempo para o segundo emprego, para se dedicar à internet e às redes sociais. Só não têm tempo para dormir. Então, ficam sonolentas, produzem menos, se expõem ao risco ao dirigir, porque não pagam seu débito de sono', afirma Alóe.
A sonolência excessiva funciona como uma febre, que avisa que algo vai mal no organismo. É preciso que o paciente passe por exames médicos, para excluir doenças que influem na qualidade do sono, como Parkinson, epilepsia, apneia (obstrução das vias respiratórias durante o sono) ou narcolepsia (estado de sonolência contínuo com crises incontroláveis). Em todo o mundo, entre 32% e 40% das pessoas relatam, em um ano, terem enfrentado dificuldade para dormir durante algum período.
'É possível enfrentar o problema melhorando a qualidade de vida. Tomando cuidados com a alimentação e praticando exercícios', afirma o neurologista suíço Claudio Bassetti, presidente da Sociedade Europeia do Sono. 'O indivíduo tem de dormir o tempo que for preciso para se manter desperto e atento no dia seguinte. Na maioria dos casos, esse tempo varia de 7 a 10 horas por noite', explica.
Consequências. Bassetti ressalta que o sono insuficiente provoca problemas de memória, dificuldades de concentração e alterações de humor. Nas mulheres, é comum ocorrer depressão. Os homens se tornam mais agressivos e eufóricos.
Alóe ressalta que o estado de uma pessoa que passou a noite sem dormir é comparável à embriaguez. Segundo ele, já há leis que punem as pessoas que expõem outras a risco por privação do sono. É o caso do Estado de Nova Jersey, que pune com até 10 anos de prisão o motorista que provoca o acidente depois de estar insone.
A lei, conhecida como Maggie's Law, foi aprovada após a morte da estudante Maggie McDonnell, de 20 anos, atropelada por um homem que havia trabalhado 30 horas consecutivas.
No caso de Solange Lima Vianna, de 80 anos, a falta de sono prejudicou durante muitos anos todo seu cotidiano - ela não dormia nem durante o dia, nem à noite. Por mais de dez anos, só adormecia depois de ingerir calmantes. Até que, orientada pela cardiologista, mudou a alimentação e cortou o café.
'Eu dormia com o remédio, mas acordava mal, passava o dia indisposta. Depois da cardiologista, mudei minha alimentação e pequenas mudanças devolveram meu sono', conta.
Por Clarissa Thomé / RIO, estadao.com.br


O que incomoda seu sono? saiba o que fazer

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Homem ainda esta evoluindo? Como vamos ser no futuro?



Estamos em constante evolução, mas não dá para imaginar como será nosso jeitão em um futuro tão distante. "Para ter a resposta, precisaríamos saber que tipo de pressão vai forçar a evolução do homem no futuro. E isso é impossível", diz o antropólogo Walter Alves Neves, da Universidade de São Paulo (USP), um dos maiores especialistas nesse assunto no mundo. Entre essas pressões, uma das mais prováveis é o aumento da temperatura. Além do efeito estufa, que aprisiona o calor na Terra, o próprio Sol ficará mais quente nos próximos milhões de anos. Esse acréscimo na irradiação faria, a princípio, com que a pele dos homens brancos e amarelos ficasse mais escura. Mas como um bom protetor solar garante tanta proteção quanto a melanina da pele negra, a propensão ao escurecimento pode não acontecer. A mesma coisa vale para a tendência ao aumento do crânio humano.
Até chegar aos dias de hoje, o cérebro de nossos antepassados foi ganhando volume. Mas isso não quer dizer que o homem do futuro terá uma cabeça parecida com a dos ETs de Hollywood. Há 1 ou 2 milhões de anos, um cérebro maior e mais potente fazia muito mais diferença do que hoje: num mundo dominado por predadores, os mais espertos sobreviviam por mais tempo e acabavam deixando mais descendentes. Por isso, a característica do cérebro grande se espalhou e virou regra. Entretanto, como hoje não faz sentido afirmar que pessoas mais inteligentes tenham mais filhos, o mais provável é que nosso cérebro não cresça mais.

O WORM IN YOUR BRAIN (O VERME EM SEU CÉREBRO)


mushroom and brain

Uma das coisas mais fascinantes sobre a história da vida é a maneira espécies distantemente relacionadas pode parecidos. Em alguns casos, as semelhanças são superficiais, e em outros casos, eles são sinais de um ancestral comum. E, às vezes, como no caso do nosso cérebro e os cérebros de vermes, é um pouco de ambos.

A principal característica do nosso cérebro é uma pilha enorme de neurônios densamente tecido chamada de córtex cerebral. Uma vez que o nosso cérebro absorve informações sensoriais, é o córtex que integra, faz todo o sentido da mesma, aprende com ele, e decide como responder. Se você comparar o nosso córtex aos de nossos parentes próximos, os macacos, são quase idênticos em sua estrutura, embora o nosso córtex é muito grande para a nossa dimensão corporal. Se você olhar para mais longe, você vai encontrar a mesma arquitetura básica do córtex em todos os vertebrados, apesar de diferentes partes são de tamanhos diferentes em diferentes espécies. Porque essas semelhanças são tão consistentes em muitas maneiras diferentes, e porque é possível rastrear as alterações para o córtex ao longo das linhas de descendência diferente, eles são fortes indícios de que o ancestral comum de todos os vertebrados tinham um córtex.
insect diagram

Vertebrados não são os únicos animais com sistema nervoso, no entanto. Insetos, crustáceos, vermes e outros invertebrados têm sistemas nervosos que são também organizadas em torno de um cabo central.Esses invertebrados geralmente têm um grande aglomerado de neurônios na parte frontal do cabo que funciona como o nosso cérebro faz: é onde a informação sensorial entra, e vários comandos sair. E, em alguns invertebrados, como insetos e aranhas, estes cérebros bem embalado grupos de neurônios que são essenciais para permitir que estes animais aprender associações entre cheiros e alimentos e outras lições importantes. Estes grupos são conhecidos como corpos de cogumelo.

As semelhanças entre os organismos de cogumelos e nosso córtex não são esmagadores, mas são tentadores. O córtex cerebral e os organismos de cogumelos desempenham papéis semelhantes, e suas disposições são semelhantes. organismos Mushroom são parceladas até mesmo em regiões distintas, assim como temos para lidar com regiões visão, olfato, e outras tarefas.
Por outro lado, os organismos de cogumelos estão faltando muitos dos marcos do córtex vertebrados. As regiões cerebrais que se conectam para não ter contrapartidas em nosso cérebro.E enquanto todos os vertebrados têm um córtex, um monte de invertebrados não têm sabido corpos de cogumelo.
Tradicionalmente, os cientistas concluíram que os corpos de cogumelo e do córtex são um exemplo de convergência. asas de pássaros e morcegos ambos têm, por exemplo, mas seu ancestral comum não. Em vez disso, as duas linhagens diferentes alas evoluíram muito depois.Depois de muitos dos principais ramos de animais se separaram entre 600 e 550 milhões de anos atrás, a linhagem dos vertebrados desenvolveu um cérebro com um córtex, e alguns invertebrados evoluiu corpos de cogumelo.
Ao longo dos últimos trinta anos, os cientistas acrescentaram uma nova linha de evidência para a busca da origem do cérebro e outras características. Eles podem agora identificar os genes que constroem os traços. Como um embrião se desenvolve, determinados genes chave no cérebro para começar a construir o córtex. Os mesmos genes construir nosso próprio cérebro também, que não é surpreendente, uma vez todas as outras evidências que o ancestral comum dos ratos e os seres humanos tinham um córtex.
Mas os cientistas tiveram algumas surpresas maravilhosas quando eles compararam genes de espécies afins, mais distante. Jellyfish, gafanhotos, e os seres humanos têm todos os olhos, por exemplo, mas eles são radicalmente diferentes uns dos outros, pelo menos anatomicamente. No entanto, eles também compartilham alguns dos mesmos genes para a construção de receptores de luz e outras peças. Então eles são realmente uma mistura de convergência e uma ascendência comum. Eu escrevi sobre a evolução de olhos no Banco Tangled, em uma seção extraído pela New York Academy of Science aqui.
ragworm

O córtex agora vem a seguir a mesma história como o olho.Detlev Arendt do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e seus colegas decidiram comparar os genes que constroem o córtex dos mamíferos aos genes que constroem corpos do cogumelo em invertebrados. Eles estudaram um pouco linda criatura chamada ragworm. Eles escolheram esse nome porque tem enorme, para-estudo corpos de cogumelo fácil, porque ele tem evoluído mais lentamente desde os invertebrados vertebrados divisão de moscas e outras espécies bem estudadas. Os cientistas realizaram um levantamento detalhado exquisitely,mapeamento de um número de genes foram tornando-se ativos no cérebro ragworm desenvolvimento, até a célula individual.

A figura aqui mostra uma semelhança notável. À esquerda, há um córtex do rato em desenvolvimento. Abaixo está um gráfico mostrando onde um grupo de genes são expressos. A faixa colorida no cérebro corresponde ao eixo vertical do gráfico. E à direita é um diagrama do cérebro ragworm desenvolvimento. Se você duplicar a fita no córtex do rato e unir duas pontas em um garfo, você tem uma região em que muitos dos mesmos genes são expressos em um padrão quase idêntico. E que bifurcada dum regiões da!, Torna-se eventualmente os corpos de cogumelo.
cortex diagram
Assim, nosso córtex acaba por ser muito mais velha do que se pensava anteriormente. O ancestral comum de nós e, ragworms uma criatura como um verme que viveu 600 milhões de anos, não só tinha um cérebro, mas tinha uma ur-cortex. E provavelmente usado que o córtex ur para aprender sobre seu mundo, provavelmente a aprendizagem sobre os odores que cheirou. descendentes que divergiu do animal em diferentes formas, e as ur-córtex mudou ao longo do caminho. No entanto, eles ainda usavam muitos dos mesmos genes que seu ancestral há muito tempo. Então, da próxima vez que você splat uma mosca na parede, lembre-se: houve um córtex lá.
mushroombody tree
03 de setembro de 2010 04:56 por Carl Zimmer in http://blogs.discovermagazine.com/loom/